O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em entrevista ao jornal norte-americano Wall Street Journal, que irá retornar ao Brasil em março para liderar a oposição contra o governo de Lula. Segundo o jornal, Bolsonaro afirmou que se defenderá das acusações de que incentivou os atos extremistas que resultaram na invasão e destruição dos prédios da Praça dos Três Poderes. “Eu nem estava lá e eles querem me culpar”, declarou ao WSJ. Na data do episódio, em 8 de janeiro, o ex-presidente estava em Orlando, na Flórida (Estados Unidos).
Jair Bolsonaro afirmou que, ao retornar ao Brasil, irá apoiar candidatos conservadores. No entanto, declarou estar indeciso se concorrerá ou não à Presidência da República novamente. Segundo o ex-presidente, o trabalho foi “muito mais difícil” do que ele imaginava.
Justiça eleitoral
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o recurso dos advogados do ex-presidente para que a minuta de um decreto de teor golpista fosse retirada de uma ação contra ele. O documento, encontrado pela PF na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, previa uma intervenção no TSE para revogar o resultado das eleições. A ação, proposta pelo PDT, acusa Jair Bolsonaro de abuso de poder político. Se condenado, o ex-presidente pode ficar inelegível.
O ministro do STF Luiz Fux encaminhou ao TRE do DF uma notícia-crime contra Bolsonaro por uso indevido, durante a campanha eleitoral, de imagem de crianças e adolescentes associados ao porte de armas. Fux considerou que, como o ex-presidente perdeu o foro privilegiado, a denúncia deveria ser encaminhada à primeira instância. Na semana passada, a ministra Cármen Lúcia já havia enviado à Justiça comum dez processos contra o ex-presidente.
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