As manchetes nos maiores veículos de comunicação sobre o presidente Jair Bolsonaro raramente são positivas, mas na última semana, especialmente no fim de semana, foram amplamente negativas. Fatos para isso não faltaram, especialmente o escândalo sobre a compra (não concretizada, é bom frisar) da vacina Covaxin, contra a Covid-19. Confira:
- Folha de S.Paulo: Ministério da Saúde sabia dos riscos da Covaxin e manteve contrato
- Correio Braziliense: “Rolo” da Covaxin cai no colo do líder do governo
- O Globo: Deputado diz que Bolsonaro citou líder do governo ao ouvir suspeita
- O Estado de S.Paulo: Bolsonaro ligou suspeitas a líder do governo, diz deputado
- Veja: Em pouco mais de dois anos à frente do Ministério do Meio Ambiente, Ricardo Salles desmantelou órgãos de controle como o Ibama, dificultou a aplicação de multas, posou orgulhoso ao lado de suspeitos de cometer graves infrações e colheu recordes de desmatamento na Amazônia. Sua saída do governo deveria vir junto com sinais de que haverá uma correção na rota da política ambiental. Infelizmente, os primeiros sinais emitidos pelo Palácio do Planalto foram decepcionantes. Quem assumirá o cargo é Joaquim Leite, considerado braço direito de Salles na pasta e conselheiro da Sociedade Rural Brasileira por 23 anos.
- IstoÉ: O escândalo da Covaxin. A crise do governo Bolsonaro ganhou outra dimensão na última semana, com a denúncia explosiva de desvios na compra da vacina indiana Covaxin. Não se trata apenas de desbaratar a preferência dada pelo governo a esse imunizante. As investigações chegaram perto do presidente, pois ele foi alertado no dia 20 de março para graves irregularidade no negócio. O imunizante foi adquirido por um valor 1.000% superior ao anunciado pelo fabricante, em negociações que duraram apenas 97 dias.
- CartaCapital: A CPI chega nele. Bolsonaro é suspeito de prevaricar, para proteger militares e aliados do PP, diante das denúncias de corrupção na bilionária compra da Covaxin.
- Crusoé: Não bastasse a catástrofe sanitária, a CPI da Covid agora tem de investigar a denúncia de um deputado bolsonarista que acusa o governo de corrupção na compra de vacinas indianas. Ele diz que avisou Bolsonaro.