Em seu primeiro evento público desde a divulgação da íntegra dos depoimentos sobre uma tentativa de golpe em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro disse que não teme ser julgado. “Não tenho medo de nenhum julgamento, desde que os juízes sejam isentos”, disse.
Durante o lançamento da pré-candidatura de Alexandre Ramagem (PL-RJ) à prefeitura do Rio de Janeiro, ele politizou as investigações contra o deputado federal, que é alvo da PF no caso da “Abin paralela”.
“Curiosamente, quando ele (Ramagem) se lança candidato, o mundo cai na cabeça dele, assim como o mundo ainda cai na minha cabeça porque eu sou um paralelepípedo no sapato da esquerda”, disse.
Confronto de versões
Os militares investigados pela trama golpista que mantiveram silêncio até agora pretendem fazer um “confronto de versões” em relação aos depoimentos dos ex-comandantes do Exército Freire Gomes e da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior.
Almir Garnier Santos, ex-chefe da Marinha, é um dos que deve seguir esse caminho. Ele foi o único comandante, segundo os relatos, que concordou com o golpe.
O ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira também sinalizou interesse em um novo interrogatório, assim como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que falou até em uma acareação com os ex-comandantes.
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