Com o passaporte apreendido pela Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já tem um “plano B” caso não possa comparecer, no próximo dia 20, à posse de Donald Trump em Washington (EUA), para a qual jura ter sido convidado.
A defesa do ex-presidente pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberação do passaporte. Mas, no sábado (11/1), o ministro Alexandre de Moraes determinou que os advogados apresentassem alguma comprovação oficial do convite. O que ainda não aconteceu.
A defesa do ex-presidente apresentou nesta segunda-feira (12/1) mais informações sobre o convite recebido para a posse de Trump. Porém, não há menção nominal a Bolsonaro – o convite teria sido distribuído em um link do site oficial do comitê de inauguração, segundo a defesa do ex-presidente.
O ministro determinou, então, que a defesa apresentasse o “documento oficial, nos termos do artigo 236 do CPP [Código de Processo Penal]“. O dispositivo determina o seguinte: “Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela autoridade”.
Plano B
Na petição, os advogados de Bolsonaro defenderam a veracidade do endereço de e-mail, com provas de que o domínio faz parte do site oficial do Comitê Inaugural Presidencial de Trump e seu vice, J. D. Vance.
Agora, o ministro do Supremo deve responder à petição e pedir a manifestação da Procuradoria Geral da República.
Contudo, como Moraes já negou pedidos semelhantes, Bolsonaro avalia ser representado pela ex-primeira-dama Michelle ou por um de seus filhos, o senador Flávio (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que teriam sido convidados para o jantar de gala na Casa Branca após a cerimônia de posse.