A reprovação do governo de Jair Bolsonaro (PL) recuou, segundo a pesquisa Quaest/Genial divulgada ontem. O percentual dos que consideram o governo ruim ou péssimo caiu de 47% para 44%, fora da margem de erro. Foi a menor desaprovação desde o início da pesquisa, em julho do ano passado. A queda foi mais acentuada no Nordeste (de 55% para 49%) e entre os mais pobres (de 49% para 43%).
No levantamento de intenção de votos, Bolsonaro avançou um ponto, indo a 32%, enquanto o ex-presidente Lula (PT) recuou um ponto, para 44%. As variações estão dentro da margem de erro, mas seguem uma tendência registrada desde maio. O petista, porém, ainda tem mais pontos que a soma dos adversários: além de Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT), com 5%; André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB), ambos com 2%; e Pablo Marçal (PROS), com 1%. Os demais não chegaram a um ponto.
Na simulação de segundo turno, Lula tem 51%, contra 37% de Bolsonaro.
Aliás, o PT já se prepara para o segundo turno na eleição presidencial. Coordenadores da campanha dizem que o estreitamento da distância entre Lula e Bolsonaro não surpreende, e o próprio candidato petista lembra que, em sua maioria, as eleições presidenciais no Brasil se resolveram no segundo turno.
Fiesp cancelada
O presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelou ontem a sabatina a que se submeteria na Fiesp e um jantar com empresários, que ele próprio havia marcado para o dia 11 de agosto. É a mesma data em que será divulgado um manifesto pró-democracia organizado pela entidade e de um ato na Faculdade de Direito da USP, cuja Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito! (íntegra) ultrapassou 700 mil assinaturas.
Embora a desistência tenha sido atribuída a um problema de agenda, nos bastidores, a equipe de Bolsonaro avaliou que ele encontraria um ambiente desfavorável na Fiesp e se veria cobrado a assinar o manifesto da federação, como já fizeram Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Felipe D’Ávila (Novo).
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