Pesquisa Datafolha divulgada ontem (27/10) mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com seis pontos percentuais à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dois se enfrentam no 2º turno das eleições no próximo domingo. Segundo o levantamento, o candidato petista tem 53% dos votos válidos, contra 47% do presidente. No último estudo da empresa, realizado de 17 a 19 de outubro, o placar era de 52% X 48%. A distância entre os candidatos, portanto, variou para cima e chegou a 6 pontos.
Lula e Bolsonaro fazem nesta sexta-feira o último debate da eleição, às 21h30, na TV Globo.
A quatro dias do segundo turno, o petista divulgou ontem um documento com linhas gerais sobre seus planos para o governo caso seja eleito no domingo, embora sem detalhar qualquer um dos itens. Um dos principais pontos é o compromisso com a responsabilidade fiscal, apresentada como complementar à “responsabilidade social e desenvolvimento sustentável”. Dividida em 13 tópicos, numa referência ao número de seu partido, a “Carta Para o Brasil de Amanhã” inclui promessas e planos que foram apresentados ao longo da campanha, bem como sugestões de novos aliados.
Não foi unânime
Nos bastidores, membros da campanha de Lula admitem que não pretendiam apresentar novas propostas econômicas ao divulgar a Carta do Amanhã. O objetivo, segundo petistas, era transmitir a ideia de que Lula é capaz de articular um plano de governo, enquanto o rival Jair Bolsonaro se mostra enredado em polêmicas, como a prisão de Roberto Jefferson e a suposta fraude em rádios.
O documento soou raso em termos econômicos e colocou no papel propostas polêmicas até dentro do PT, como a isenção do IR até R$ 5.000 — a avaliação é a de que a medida é cara e pode ajudar mais os ricos do que os pobres.”