O governo da China anunciou que a sua economia cresceu 8,1% no ano passado. O crescimento foi impulsionado pela produção industrial, mas o país vem enfrentando uma série de problemas, como a crise no setor imobiliário com o endividamento da Evergrande e novos surtos de Covid-19 (que, bom lembrar, teve origem na China). Um surto da variante delta recentemente forçou o centro industrial de Xi’an ao bloqueio, afetando as linhas de produção de fabricantes globais de chips, como Samsung e Micron.
Mas o impacto pode ser ainda maior. As empresas estão se preparando para uma outra série de restrições de isolamento social impostas pelo governo chinês por conta da variante ômicron. As medidas podem causar novas interrupções na cadeia global de suprimentos, já que o país tem cerca de um terço da fabricação global.
Brasil
Já a economia brasileira, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de novembro divulgado pelo Banco Central, a “prévia do PIB”, registrou alta de 0,69% ante o mês anterior, após três meses de queda. Em outubro, o índice havia registrado uma queda de 0,40%. Com a alta de novembro, o indicador acumula 4,59% nos 11 primeiros meses do ano passado, devendo fechar próximo de 5% no acumulado de 2021.
A maior preocupação, entretanto, é com 2022. Após três semanas consecutivas de queda, a projeção do mercado financeiro para o desempenho do PIB neste ano parou de recuar. Segundo o Boletim Focus, divulgado também pelo BC, a estimativa de alta para 2022 varia de 0,28% para 0,29%, bem abaixo do patamar de 2% de crescimento esperado pelo governo. A projeção para a inflação deste ano avançou de 5,03% para 5,09%, acima do teto da meta de 5% para 2022. Enquanto isso, as previsões para a Selic no fim de 2022 se mantiveram em 11,75%. Ou seja: juros altos.