O governador Ronaldo Caiado (UB) acertou com representantes do Fórum das Entidades Empresariais de Goiás (FEE) uma estratégia para a votação da reforma tributária no Senado. O encontro foi nesta quinta-feira (13/7) a noite, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia. Os empresários demonstraram preocupação com a perda de competitividade do setor privado goiano e manifestaram novamente apoio à mobilização de Caiado na defesa do pacto federativo.
O governador disse que o texto foi aprovado às pressas pela Câmara dos Deputados, sem a devida discussão, e que será necessário aumentar a articulação no Senado para reduzir os danos à autonomia dos estados. “Tenho toda disposição de continuar essa luta com cada um de vocês”, afirmou. O vice-governador Daniel Vilela (MDB) frisou que é necessário aumentar a mobilização dos empresários contrários ao texto da Reforma.
“A força do empresariado é muito grande dentro do Congresso hoje, como talvez nunca tenha sido. Tem muito debate pela frente, precisamos de uma movimentação maior”, disse.
Competitividade
Os representantes do Fórum Empresarial destacaram o risco de muitas indústrias deixarem o Estado, se o atual texto da reforma tributária passar no Senado. Afirmaram que haverá concentração na União do controle sobre as políticas de incentivos fiscais, que é uma das principais prerrogativas dos governos estaduais para atrair indústrias.
“Queremos que os incentivos fiscais continuem, que os fundos continuem, que o pacto federativo continue. Se Goiás hoje tem o sétimo maior parque industrial do Brasil, é porque houve incentivos fiscais”, afirmou José Garrote, presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial).
Os empresários ressaltaram ainda que o atual texto beneficia os estados mais populosos e ricos, que oferecem maior vantagem às indústrias por terem maior mercado consumidor. “A reforma acaba com a competição dos estados e concentra cada vez mais a riqueza do país. Nós temos orgulho da posição que o governador está defendendo. É uma posição que representa o empresário, a indústria e o Estado a longo prazo”, reiterou Flávio Rassi, presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg).