O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) teria garantido à cúpula estadual do PSD ajuda para viabilizar eleitoralmente uma candidatura do deputado estadual Lissauer Vieira para o Senado. Para isto, segundo fontes da base governista ouvidas pelo ENTRELINHAS GOIÁS, vai atuar nas suas próprias bases em favor do presidente da Assembleia Legislativa.
Quem também vai entrar no circuito é o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, vice na chapa de Caiado. Com o mesmo modus operandi: atuar nas bases do seu partido para fortalecer apoios à uma candidatura de Lissauer ao Senado.
Entretanto, tanto Caiado como Vilela precisam dosar bem esta estratégia, afirmam governistas. É que está praticamente decidido que a base do governador vai para a eleição deste ano com três candidatos ao Senado: além de Lissauer, o deputado federal Delegado Valdir (União Brasil) e o presidente estadual do PP, o ex-ministro Alexandre Baldy.
Dificuldades na base
O problema é que, enquanto o PSD ameaçava romper com a base governista e dialogava com grupos da oposição, em busca de um espaço para Lissauer Vieira concorrer ao Senado, Delegado Valdir e Baldy avançaram nas negociações com deputados e prefeitos aliados de Caiado. Portanto, ficou mais difícil retirar apoios já prometidos aos dois para favorecer o presidente da Assembleia Legislativa.
O Delegado Valdir, que atualmente lidera as pesquisas de intenções de votos para o Senado, no cenário (já certo) de que Marconi Perillo (PSDB) não será candidato neste ano a senador, tem tido apoios especialmente de prefeitos do União Brasil. Já Baldy tem avançado entre os prefeitos do MDB. Ele é muito próximo de Daniel Vilela. Aliás, bem mais do que Lissauer Vieira.
Mas, as fontes governistas garantem que a cúpula estadual do PSD saiu satisfeito das últimas reuniões no Palácio das Esmeraldas. Está convicta que a promessa de ajuda será suficiente para colocar Lissauer em condições de concorrer ao Senado, numa disputa interna (na base aliada) e contra os adversários de chapas da oposição.
Claro: este cenário pode ainda mudar até 5 de agosto, último dia para as convenções dos partidos que vão sacramentar alianças e candidaturas para a eleição de outubro.
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