Os governadores Ronaldo Caiado (UB/GO) e Tarcísio de Freitas (Republicanos/SP) pediram nesta segunda-feira (22/4) o fim da polarização radical entre direita e esquerda no Brasil. Ambos participaram da segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizada em São Paulo (SP), que reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual.
Caiado citou como exemplo o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse.
Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.
No limite
“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, afirmou Tarcísio. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, enfatizou.
“A gente tem hoje uma centro-direita muito mais preparada, que aprendeu com os erros, capaz de direcionar o Brasil, apontar a direção correta e colocar o País em um caminho de prosperidade”, frisou Tarcísio.
Os dois governadores não participaram da mobilização pró-Jair Bolsonaro (PL) realizada no último domingo (21/4), no Rio de Janeiro. O governador goiano já havia avisado que não estaria presente. O paulista era esperado, mas não apareceu e nem justificou sua ausência. No evento bolsonarista, foram feitas críticas ao Supremo Tribunal Federal e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Caiado minimizou a sua ausência na manifestação no Rio de Janeiro. “Não teve falta alguma”, disse. “Você deve estar presente nos momentos mais difíceis, aí é que você conhece os colegas e os amigos. No momento mais difícil, em São Paulo, em que ele precisava de respaldo político, eu estava presente”, enfatizou.
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