O governador Ronaldo Caiado (UB) ainda não confirmou se participará do ato organizado pelo Palácio do Planalto para 8 de janeiro em Brasília. O próprio presidente Lula (PT) anunciou o evento nas redes sociais, que terá como principal objetivo criticar os atos promovidos por manifestantes e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na mesma data deste ano.

O evento, segundo Lula, será para “lembrar o povo que houve uma tentativa de golpe, que foi debelado pela democracia deste país”. O ato de 8 de janeiro deste ano também ficou caracterizado para o Supremo Tribunal Federal (STF) como tentativa de golpe de Estado.

Outros governadores, mais alinhados ao ex-presidente Bolsonaro, já descartaram presença no ato na data de 2024. O principal deles, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), justificou que está de férias na Europa e só deve retornar ao Brasil no dia 9 de janeiro. Ou seja: um dia após o ato.

O governador paulista é considerado o principal herdeiro do capital político de Bolsonaro. Embora tenha mantido contato frenquente com o ex-presidente, também tem tido agendas com o presidente Lula e seus ministros, o que irritou neste ano a militância bolsonarista.

O evento mais recente no Palácio do Planalto foi em 12 de dezembro, quando Lula anunciou financiamento de R$ 10 bilhões para melhorias em São Paulo. Tarcísio agradeceu e elogiou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais apostas da gestão petista.

Outros governadores

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também disse que estará em viagem ao exterior (Miami) até o dia 15 de janeiro. Em janeiro deste ano, o STF chegou a afasta-lo do cargo por conduta “dolosamente omissiva” em relação aos ataques de 8 de janeiro. Só retornou ao posto em 15 de março.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), afirmou que deve ficar no estado para compromissos “previamente marcados” para 8 de janeiro. Também do PL, o governador do Rio, Cláudio Castro, afirmou que tem uma reunião com seu secretariado marcada justamente para o mesmo dia, mas ainda deixou em aberto a sua presença no ato organizado pelo governo Lula.

O governador Romeu Zema (Novo), como Ronaldo Caiado, também disse que sua presença “ainda não está definida”. O governador Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, afirmou que ainda não recebeu nenhum convite oficial do Palácio do Planalto.