O governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que se recupera de cirurgia cardiovascular em São Paulo, sinaliza para poucas mudanças na equipe do seu segundo governo. Especialmente, se for levado em conta o grupo de transição que deixou montado na semana passada. Ele será responsável pela elaboração do plano executivo que definirá as principais ações e direcionamentos da próxima gestão.
A maior parte da equipe de transição é comandada pelos atuais secretários de Ronaldo Caiado, numa clara indicação de que muitos dos auxiliares devem ser mantidos. Alguns, podem ser remanejados de áreas. O grupo é presidido pelo secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, que assume cada vez mais papel relevante no governo Caiado.
Fazem parte do “grupo de transição” os secretários ou chefes de pastas: Henrique Ziller (CGE); Andrea Vulcanis (Semad); Jorge Pinchimel (Casa Civil); Renato Brum (Segurança Pública); Fátima Gavioli (Seduc); Marcelo Carneiro (Secult); Henderson de Paula (Esporte e Lazer); Marcio Pereira (Sedi); Robson Vieira (Fapeg); Pedro Sales (Agehab e Goinfra); Wellington Matos (Seds); Adryanna Caiado (OVG); Cesar Moura (Retomada); Pedro Leonardo (Emater); Francisco Caldas (Metrobus); Wagner Gomes (AGR); Sérgio Vêncio (Saúde); Fabrício Amaral (Turismo); Gilvan Cândido (GoiasPrev); e Ricardo Soavinski (Saneago), além do reitor da Universidade Estadual de Goiás, Antônio Cruvinel.
O grupo tem de entregar relatórios com a situação atual de cada pasta. Além de propostas, metas, orçamentos e prazos para cada um dos projetos prioritários até 2026. O documento final tem previsão de ser entregue ao governador antes do dia 31.
Novo discurso
Segundo Adriano da Rocha Lima, o objetivo é continuar as ações já implantadas pelo governador em seu primeiro mandato e avançar na execução das propostas apresentadas durante a campanha para este segundo mandato.
“É uma realidade diferente do que tínhamos em 2019, quando o Estado estava quebrado e logo depois, veio a pandemia. Hoje, Goiás possui equilíbrio fiscal, a saúde é regionalizada e a educação é muito forte. Agora, além de continuarmos a investir na regionalização da saúde, no social e na educação, temos de focar também em áreas como segurança pública, meio ambiente e tecnologia e inovação”, disse o principal auxiliar de Caiado.
Ou seja: tudo indica que o governador vai, de vez, abandonar o discurso de terra arrasada que marcou maior parte da sua atual gestão, culpando os governos do PSDB pelas dificuldades encontradas na administração do Estado. Até porque, Caiado vai agora suceder ele próprio. Portanto, não cabe mais ao governador manter o discurso de “Estado quebrado”. Seria atirar contra o próprio pé.