O governador Ronaldo Caiado (UB) tem descartado aliança com partidos de esquerda em chapas de prefeitos apoiados por sua base nas eleições municiais deste ano em Goiás. Em encontro com deputados estaduais nesta semana no Palácio das Esmeraldas, citou especificamente o PSB numa coligação com o pré-candidato a prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB).
O recado foi dado ao presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB). O PSB integra um grupo político que o deputado tem construído em Goiás. Inclusive, há especulação de que ele próprio possa filiar na legenda em 2026. O que, oficialmente, tem sido negado.
Mas o veto de Caiado, segundo testemunhas da conversa, também se estende às alianças com a base aliada nos demais municípios de Goiás.
O motivo é claro: pré-candidato a presidente da República, o governador goiano busca se cacifar no eleitorado da direita brasileira, especialmente na militância do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O PSB está na base do governo Lula (PT), tendo como principal liderança o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Outros recados
O governador também transmitiu outros recados na reunião com os deputados estaduais da sua base na última quarta-feira (8/5). E mais uma vez direcionados a Bruno Peixoto. Segundo o jornal O Popular, Caiado comentou que tem a impressão de que o presidente da Alego ainda “não assimilou muito bem” sua decisão de retirá-lo da corrida pela Prefeitura de Goiânia.
A fala foi interpretada por parlamentares como um recado de que, na visão do Palácio das Esmeraldas, a frustração de Bruno estaria relacionada não apenas com o modo como o aliado se coloca no debate eleitoral, mas também com as insatisfações do Legislativo e, claro, a pressão pelo aumento da fatia destinada ao Orçamento Impositivo de 1,2% para 2%.
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