A Câmara de Goiânia deve votar nesta terça-feira (27/2) o pedido de empréstimo da Prefeitura no valor de R$ 710 milhões. Emenda ao projeto foi aprovada nesta segunda-feira (26/2) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, tornando-o apto para votação pelos vereadores em plenário.
O núcleo político do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) intensificou nas últimas semanas conversas com os vereadores, que resistiam em dar urgência à tramitação do pedido de empréstimo.
O projeto está na Câmara desde o ano passado. O principal argumento do Paço é o de viabilizar neste ano diversas obras programadas para a capital.
A emenda foi proposta pelo próprio prefeito, para destravar a tramitação a partir de ajustes solicitados pelos vereadores, além de atender orientações do Ministério Público de Goiás e do Banco do Brasil.
Ela estabelece principalmente a obrigatoriedade de que o dinheiro seja aplicado na execução de obras detalhadas no projeto, proibindo o uso em despesas correntes do município. Além disso, autoriza a Prefeitura a remanejar recursos do empréstimo para obras de recapeamento e reconstrução asfáltica.
Oposição
Mas, os vereadores do PL, PT e PSDB se posicionaram contra a aprovação do empréstimo. Todos estes partidos têm pré-candidatos a prefeito em Goiânia para a eleição deste ano.
A vereadora Kátia Maria (PT) chegou a apresentar outra emenda para que o remanejamento dos recursos do empréstimo sejam objeto de autorização prévia da Câmara. Foi rejeitado pela CCJ. A vereadora Aava Santiago (PSDB) afirmou que o projeto aprovado na Comissão “está equivocado e passível de judicialização”.
Mas os vereadores da base do prefeito conseguiram a aprovação na CCJ. “Temos 500 quilômetros de asfalto para fazer na cidade”, enfatizou Ronilson Reis (Solidariedade). Já Pedro Azulão Júnior (PSB) considerou que todos os questionamentos ao projeto original da Prefeitura foram corrigidos.
O empréstimo milionário é considerado crucial pelo grupo político do prefeito Rogério Cruz, pré-candidato à reeleição, para reverter a sua alta rejeição no eleitorado da capital e colocá-lo no jogo eleitoral de Goiânia.
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