O número de presos com HIV aumentou 29,8% nos presídios brasileiros em 2021, com 10,1 mil casos confirmados. Em 2020, eram 7,8 mil. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9/6) em audiência na Câmara dos Deputados pelo Depen, do Ministério da Justiça.
Coordenador de Saúde do Depen, Rodrigo Pereira informou que hoje em torno de 33 mil presos têm o diagnóstico das doenças infecciosas mais prevalentes no sistema prisional: HIV/aids, hepatite, sífilis e tuberculose. Ao todo, mais de 670 mil pessoas cumprem pena em cerca de 1.500 unidades prisionais no Brasil.
Pereira destacou que a sífilis, a hepatite e a tuberculose tiveram queda de casos entre 2019 e 2021. Mas houve aumento substancial dos casos de HIV na população carcerária.
Em relação à Covid-19, Rodrigo Pereira ressaltou que a população carcerária teve menos óbitos, proporcionalmente, do que o restante da população brasileira. “A gente atuou em três campos principais: a produção de normativos e orientação técnica, uma grande compra e doação de insumos, dado que naquele momento existia um desabastecimento mundial e também atuamos na parte do desenvolvimento de ações de educação em saúde”, disse.