A produtora de etanol e energia elétrica Cerradinho Bioenergia entrou na fila para Oferta Pública Inicial (IPO), ao protocolar neste mês pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa pretende usar os recursos a serem levantados na Bolsa para a construção de uma nova planta de etanol de milho, em que pretende investir R$ 1,4 bilhão no projeto com previsão das obras iniciarem em 2022. O preço por ação, o aumento de capital da empresa e os prazos da oferta ainda não foram divulgados.
Fundada em 2006 pela família Sanches Fernandes, a Cerradinho Bioenergia é uma das principais entre os complexos produtores de bioenergia na América Latina. A base de sua produção é cana e milho. Com sede em Chapadão do Céu (Goiás), a empresa tem uma capacidade instalada de moagem de cana equivalente de aproximadamente 9 milhões de toneladas, com foco na produção de etanol e energia sustentável através da cana e do milho.
Em Chapadão do Céu a Cerradinho Bioenergia opera duas plantas de produção de etanol e derivados: uma planta utiliza cana-de-açúcar e a outra milho como suprimento. A companhia gere uma área agrícola de 75,8 mil hectares de cana, em terras arrendadas, sendo aproximadamente 60% de cana própria, com contratos de longo prazo com terceiros e colheita 100% mecanizada, de acordo com dados de sua última safra.
Entre 2014 e 2017, foram feitos investimentos superiores a R$ 250 milhões para aumento da eficiência e da produtividade de moagem, com a instalação do sexto terno de moenda, e na expansão de capacidade de geração de energia, com a construção da segunda caldeira, duas novas turbinas e geradores. Assim, a companhia aumentou a capacidade instalada para 160 MW e se posicionou com um dos maiores índices de volume de energia por tonelada de cana dentre as usinas do Brasil. Em 2019, inaugurou a sua planta de etanol de milho.