As chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o final de abril voltaram com força a Porto Alegre, deixando ruas e avenidas alagadas em diversos bairros e alimentando o medo de novas mortes.
Em 15 horas, o volume de águas que caíram na capital gaúcha foi de mais de 100 milímetros, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Apesar do impacto do temporal, o prefeito Sebastião Melo (MDB) disse não ter sido pego de surpresa, mas que “a quantidade de chuva foi excessivamente forte”. Em alguns bairros, a água subiu pelos bueiros, afetando regiões que ainda não tinham sido atingidas.
De acordo com o diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), Maurício Loss, o barro levado pelas cheias nas últimas semanas tem diminuído a eficiência das galerias pluviais.
Apenas 10 das 23 estações de drenagem estão funcionando. Devido à força da água, duas passarelas flutuantes montadas pelo Exército nos rios Forqueta e Pardo, no interior do estado, foram levadas pela correnteza. (g1)
Comportas
Com previsão de mais chuva, a prefeitura de Porto Alegre voltou a fechar as comportas que fazem a contenção das águas no Guaíba para auxiliar no escoamento na cidade.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um novo alerta de perigo para tempestades, válido até hoje. Com os novos temporais, o Guaíba chegou a subir 14 centímetros em cinco horas, chegando a 3,96 metros na manhã de hoje.
Mortes
O Rio Grande do Sul registrou 162 mortes devido às chuvas e enchentes. Mas 20 corpos ainda não foram identificados e vão passar por um exame de DNA.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública gaúcha, o processo, que costuma durar de 20 a 22 dias, será mais rápido, pois foi adquirida uma máquina que emite o resultado em 90 minutos.
Ainda assim, é necessário que um parente ou familiar vá ao Departamento Médico Legal e forneça uma amostra de seu material genético para a identificação ser feita.
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