Passada a eleição presidencial, aliados do presidente eleito Lula (PT) começam a cobrar a fatura. O PSB, que abrigou em sua sigla o vice Geraldo Alckmin e aliados do petista em diversos Estados, quer três ministérios. Um deles iria para o ex-governador de São Paulo Márcio França, que abriu mão da candidatura ao governo em favor do petista Fernando Haddad. Outro nome cotado é senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), mas ele é visto como cota pessoal de Lula, que patrocinou sua migração do PCdoB para os socialistas.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que coordenou a campanha de Lula, disse que haverá conversas para atrair ao novo governo partidos que estavam fora da aliança eleitoral. Gleisi mencionou especificamente o MDB e o PSD. Setores dessas siglas estiveram com Lula na disputa, mas não houve apoio institucional dos partidos.
Presidente argentino
O presidente eleito Lula já teve ontem (31/10) a sua primeira agenda “oficial” ao receber o presidente argentino, Alberto Fernandez, que viajou a São Paulo especialmente para encontrá-lo. Os dois têm grande afinidade política, e Fernandez foi um dos primeiros chefes de Estado a felicitar o brasileiro no domingo. Lula disse que pretende começar pela Argentina a viagem ao exterior que fará antes da posse. O presidente eleito estuda comparecer à cúpula do clima COP27, que acontece a partir do dia 6, no Egito.
Já o ministro do Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide, anunciou o retorno de investimento para monitorar e combater o desmatamento na Amazônia Legal. Eide ressaltou o discurso petista em favor do meio ambiente durante a campanha eleitoral e o desejo de retomar a parceria climática com o Brasil. O ministro norueguês afirmou que o Fundo Amazônia, financiado principalmente pelos governos de Noruega e Alemanha, tem o equivalente a cerca de R$ 2,52 bilhões aguardando para serem usados.
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