Foi aprovado na Câmara dos Deputados em setembro e avança no Senado, no bojo do novo Código Eleitoral, a permissão para que candidatos façam campanha, presencialmente ou por vídeo, em igrejas desde que não peçam voto diretamente para eles mesmos. A relatora do texto aprovado na Câmara, Margarete Coelho (PP-PI), quer que sejam aplicadas aos templos as mesmas regras das universidades, onde ocorre debate político e eleitoral.
A aprovação do projeto é aguardada por partidários do presidente Jair Bolsonaro (PL) para dar início a uma campanha intensa, especialmente em igrejas evangélicas. Em 2018, esse eleitorado o apoiou em massa, mas hoje as pesquisas o mostram em ligeira desvantagem ante o ex-presidente Lula (PT) nesse segmento. Para analistas, Bolsonaro precisará mais do que a proximidade com líderes das igrejas e propaganda em templos para recuperar o voto evangélico. Mesmo aliados do presidente reconhecem que a inflação, o desemprego e a pandemia ameaçam a reeleição.