O setor da construção civil de Goiás é o oitavo maior do País, segundo a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada nesta quarta-feira (15/6) pelo IBGE. Com base em dados de 2020, foi constatado que o número de empresas ativas do setor creceu 14,1% em Goiás, para 2.151 unidades, em relação a 2019. É o maior número dos últimos quatro anos anteriores à pesquisa.
O número de empresas ativas em Goiás em 2020 correspondeu a 3,7% do total no País. Na comparação entre as unidades da Federação, Goiás manteve a 8ª colocação em número de empresas ativas, bem como em custos das obras e/ou serviços da construção e valor das incorporações, obras e/ou serviços da construção. O Estado tem o 9º maior número de pessoal ocupado e de valor de salários, retiradas e outras remunerações.
O setor da construção civil em Goiás é o maior entre os estados do Centro-Oeste, com 41,9% do total das empresas na região. Além disso, também cresceu (2,2 pontos) o total do pessoal empregado, representando 38,8% do Centro-Oeste. O valor das incorporações, obras e/ou serviços da construção também subiu, passando de 35,1% para 37,4% em relação ao total da região.
Empregos e salários
A pesquisa mostra aumento de 12,6% nas vagas de trabalho da construção civil de Goiás em 2020, na comparação com 2019. Foram registradas 57,4 mil pessoas ocupadas, o maior número desde 2016. Contudo, mesmo com o avanço, o quantitativo de pessoal ocupado em empresas fica 35,1% abaixo do valor atingido em 2013 (88,6 mil pessoas).
No âmbito nacional, foi registrado 1,8 milhão de pessoas ocupadas em empresas de construção, aumento de 5,3% em relação a 2019 (1,7 milhão) e redução de 35,2% em relação a 2013 (2,8 milhões).
Os gastos com salários, retiradas e outras remunerações totalizaram R$ 1,64 bilhão em 2020 em Goiás, 15,7% a mais do que o registrado em 2019. Mas, o salário médio no setor (2,1 salários mínimos) sofreu a sexta queda seguida em 2020, sendo 26,4% menor que o valor de 2014 (2,85 s.m.), melhor ano da pesquisa em Goiás. Também ficou abaixo da média nacional, de 2,25 salários mínimos.
As empresas do setor geraram R$ 9,6 bilhões em valor de incorporações, obras e serviços, em Goiás. No País, o valor foi de R$ 289,5 bilhões.
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