No dia 23 de junho do ano passado, pior momento da mortífera segunda onda de covid-19, causado pela variante delta, o Brasil teve uma média móvel de 77.295 novos casos diários. Pois bem, segundo informações das secretarias estaduais de saúde, a média móvel ontem foi de 75.253, causado pela variante ômicron. Estamos nos aproximando do recorde de forma vertiginosa. Em comparação com os 14 dias anteriores, a média de ontem teve alta de 662%. A variação na média de mortes, 66%, porém, não acompanha a do número de casos por conta da proteção fornecida pelas vacinas.
A despeito da forte oposição do governo federal, 81% dos brasileiros apoiam a exigência de passaporte vacinal para ingresso em locais fechados, segundo o Datafolha.
O ministro Marcelo Queiroga (Saúde) disse ontem que, se a Anvisa aprovar, a CoronaVac será usada na imunização de crianças. A agência espera decidir ainda nesta semana a liberação do imunizante do Butantan para crianças a partir de três anos. Há um porém. Prevista para ser concluída em setembro do ano passado, a unidade do Butantan para fabricar a CoronaVac e outras sete vacinas só ficou pronta no fim de dezembro e não tem prazo para entrar em operação. Faltam os equipamentos e a certificação de órgãos como a Anvisa.