Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), cresceu neste mês a confiança dos empresários do setor. De acordo com pesquisa realizada pela entidade entre os dias 1º e 9 de fevereiro, com 1.979 empresas, a confiança avançou em 21 de 29 setores consultados. Principalmente em relação aos próximos seis meses.
“Há reflexão disseminada de que a empresa estará melhor no futuro”, disse o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. Entretanto, o economista disse que ainda não foi possível recuperar a falta de confiança dos últimos três meses. A avaliação quanto à situação atual continua negativa: 27 de 29 setores apontam que as condições atuais são piores do que as observadas nos últimos seis meses.
A confiança em relação aos próximos seis meses cresceu em quatro regiões do País, exceto no Sul. As principais altas ocorreram nas regiões Sudeste (alta de 47,7 para 50,3 pontos) e Norte (de 51,7 para 54,2 pontos). As regiões Centro-Oeste, com 52,1 pontos, e Nordeste, com 54,4 pontos, seguem confiantes. Apenas as indústrias da região Sul chegaram a fevereiro com 46,3 pontos. O indicador varia de 0 a 100 e acima de 50 pontos indica otimismo.
Grandes x pequenas
A pesquisa da CNI comprova que a confiança avançou em indústrias de todos os portes. Entretanto, o único avanço capaz de levar à mudança do quadro de desconfiança para confiança foi registrado entre as grandes empresas, com mais de 250 funcionários. No caso das pequenas e médias indústrias, os índices ficaram abaixo de 50 pontos, o que mostra que ainda não estão otimistas.
Os setores identificados como mais confiantes são produtos farmoquímicos e farmacêuticos (60,4 pontos), produtos de limpeza, perfume e higiene pessoal (57,1 pontos), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (53,5 pontos) e extração de materiais não-metálicos (53,3 pontos). Entre os setores pessimistas estão produtos de madeira (43,3 pontos), produtos de minerais não-metálicos (45 pontos), confecção de artigos do vestuário e acessórios (46,4 pontos) e móveis (47 pontos).
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