O número de distratos relativos à compra de imóveis na planta em Goiás saltou da média histórica de 10% para 15% nos primeiros quatro meses deste ano. Os dados ainda estão sendo computados, mas o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Fernando Razuk, adiantou que eles colocam o setor em estado de alerta.
“É natural que esse indicador aumente, porque em 2021 tivemos um volume de vendas muito alto”, pondera. Razuk frisa que o mercado de Goiânia teve o recorde dos últimos dez anos. “Temos de acompanhar a evolução desses números com maior atenção”, diz.
Além do aumento no número de contratos, também influenciou o crescimento dos distratos a crise econômica no País. “Estamos saindo de uma pandemia, com uma guerra que tem influência em todo o mundo, aumento da inflação e queda da renda da população”, avalia Razuk.
Como a renda nem sempre acompanha a valorização dos imóveis, os bancos acabam criando mais restrições para a liberação de crédito. “Temos tido muitos casos de pessoas que compram, pagam a parte da empresa durante a construção do imóvel, mas depois não conseguem o financiamento imobiliário”, afirma o empresário.
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