Um dos maiores redutos do eleitorado da direita no Brasil, o Centro-Oeste lidera entre as regiões com a percepção de que o país está melhor agora do que no ano passado, com 52% dos moradores. O índice cresceu 14 pontos percentuais desde junho de 2023, segundo a pesquisa Radar Febraban, que ouviu entre 14 e 20 de fevereiro 2 mil pessoas nas cinco regiões do país.
Os que responderam no Centro-Oeste que a situação estava igual somaram 17% nesta pesquisa, ante 32% em junho passado. Houve leve variação para 29% entre os que enxergam uma piora no ambiente econômico do país neste ano, resultado que era de 28% há oito meses.
A pesquisa de junho do ano passado foi a primeira em que o levantamento foi feito regionalmente. Mesmo em relação ao levantamento anterior, no último mês de dezembro, a melhora na percepção no Centro-Oeste foi significativa: de 41% para 52%.
Na média nacional também houve alta nas menções a uma melhora no país, de 41% em junho de 2023 a 48% em fevereiro deste ano. O índice, porém, é levemente inferior aos 49% do último mês de dezembro.
Inflação
Por outro lado, a soma de pessoas preocupadas com o aumento de preços em relação aos últimos seis meses teve alta significativa no Centro-Oeste entre dezembro do ano passado e fevereiro. Eram 55% os entrevistados que enxergavam alta na inflação há dois meses e hoje são 65%.
Os três grupos de itens que mais impactaram a inflação para as famílias do Centro-Oeste foram alimentos e produtos de abastecimento doméstico (73%), combustíveis (34%) e serviços de saúde e remédios (23%).
“Os resultados de fevereiro refletem, em certa medida, as preocupações dos brasileiros com a inflação, sob impacto das contas de começo de ano, como material escolar, IPTU e IPVA, no orçamento doméstico”, aponta o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.
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