O número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) continua a aumentar no país, principalmente as infecções por vírus sincicial respiratório (VSR) e por Influenza. E Goiás e Goiânia estão entre os estados e capitais com tendência de crescimento.
Os dados são do Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (2/5) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As informações levam em conta o período de 21 a 27 de abril.
Segundo o boletim, a maior circulação do VSR tem gerado aumento expressivo da incidência e mortalidade de SRAG nas crianças de até 2 anos de idade. Outros vírus respiratórios que se mantêm com incidência alta na população infantil são Sars-CoV-2 (covid-19) e rinovírus.
Entre os idosos, o número de mortes por SRAG continua mais elevado, com predomínio da covid-19. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os principais casos de resultado positivo para vírus respiratórios foram vírus sincicial (58%) e Influenza A (24,3%).
Em relação às mortes nas quatro últimas semanas, os principais responsáveis foram Sars-CoV-2 (covid-19), com 46,4%, e Influenza A (38%).
Estados
Na análise por unidades federativas, 22 registram crescimento de casos de SRAG na tendência de longo prazo: Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
Em relação aos casos de SRAG por covid-19, o indicativo é de queda nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Nas demais regiões, a tendência é de estabilidade em patamares relativamente baixos.
Na análise por capitais, 19 apresentam sinal de crescimento nos casos de SRAG: Aracaju, Boa Vista, Plano Piloto e arredores de Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro, São Luís, São Paulo e Vitória.
Diante desse quadro epidemiológico, a vacinação é fundamental, destaca o pesquisador do Programa de Computação Cientifica da Fiocruz e coordenador do Boletim InfoGripe, Marcelo Gomes. Ele também reforça a importância do uso de boas máscaras para quem apresenta sintomas de resfriado.