A arrecadação de impostos do governo de Goiás neste ano apresenta o terceiro maior crescimento do País, segundo levantamento do Ministério da Economia. De janeiro a abril deste ano, as receitas de todos os 26 governos estaduais e do Distrito Federal cresceram 13,5%, mas alguns Estados tiveram bem mais do que disso. Os maiores aumentos foram registrados em Roraima (31%), Piauí (25%) e Goiás (24%).
No caso de Goiás, segundo os dados do Confaz, de janeiro a junho deste ano, o aumento da arrecadação é ainda maior: 43,1%. No primeiro semestre de 2021 a receita total do Estado chegou a R$ 12,9 bilhões, contra a receita de R$ 9 bilhões no mesmo período de 2020. O crescimento da arrecadação do governo goiano nos primeiros seis meses deste ano foi bem superior a média dos demais Estados, que tiveram alta de 25,3%, o maior aumento da série histórica, iniciada em 1999.
O Ministério da Economia elevou para R$ 29,3 bilhões a projeção de superávit primário dos Estados e municípios neste ano, número bem acima da meta indicativa para 2021 – saldo positivo de 200 milhões. A estimativa anterior já mostrava uma expectativa favorável para os governos regionais, um superávit de R$ 22,7 bilhões. O bom desempenho fiscal verificado até maio, em que o saldo acumulado em 2021 até maio chegou a R$ 40,7 bilhões (de acordo com o Ministério da Economia), foi um dos motivos para a revisão.
O Ministério da Economia aponta que o ICMS, que também é compartilhado com as prefeituras, tem forte expansão no primeiro semestre, impulsionado pelo avanço das commodities, a alta da inflação interna e o próprio crescimento econômico. Além disso, o tributo tem forte peso em combustíveis e energia, itens com preços em alta este ano.