A secretária estadual Cristiane Schmidt (Economia) confirmou hoje, na Assembleia Legislativa, que o governo Ronaldo Caiado acumula, desde 2019, superávit (receitas maiores que despesas) primário de R$ 1,6 bilhão. Schmidt disse que esse resultado foi graças ao aumento da receita líquida de 13%, “decorrente do aumento do PIB e da inflação”. Também reconheceu que ajudou, e muito, a transferência de recursos da União para o Estado para o enfrentamento da Covid-19. Isso, frisou a secretária, tem garantido o pagamento em dia dos fornecedores e da folha salarial do Estado.
Mas, segundo ela, no primeiro trimestre deste ano houve uma queda real de 1,1% na receita líquida, quando descontada a inflação maior no País. O deputado estadual Helio de Sousa (PSDB) questionou a secretária sobre o Regime de Recuperação Fiscal (RRF). “A senhora disse que assumiu duas folhas de pagamento atrasadas. O líder do Governo, Bruno Peixoto, sempre fala em três folhas, mas, no meu ponto de vista, foi apenas uma. Gostaria de saber quem está certo. O que senhora pode nos esclarecer sobre isso?”, indagou.
A secretária disse que não se pode deixar Goiás ficar em uma situação econômica e fiscal como a do Rio de Janeiro, e que, portanto, o RRF é uma medida inevitável. “Temos uma preocupação para evitar o crescimento da dívida consolidada, que hoje está em torno de R$ 23 bilhões. A dívida consolidada sobre a Receita Corrente Líquida tem sido decrescente há algum tempo e nosso objetivo é manter essa queda”, afirmou.
Em relação à folha de pagamento, Cristiane Schmidt disse que havia a folha de dezembro completa, metade de novembro e mais consignados. “É como se tivéssemos devendo o valor de duas folhas. Isso não importa mais. Agora o servidor está recebendo dentro do mês trabalhado e o consignado tem sido pago, assim como o Ipasgo”.