Prepara (mais ainda) o seu bolso: o custo da energia elétrica em Goiás pode aumentar até 15% ainda neste ano. E isto não leva em conta o recente aumento no custo da energia a ser paga pelos consumidores com a criação da bandeira da crise hídrica pelo governo federal. Se trata do reajuste tarifário concedido todos os anos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para as distribuidoras de energia elétrica. No caso do Estado, para a Enel Goiás.
Segundo fontes no mercado ouvidas pelo ENTRELINHAS GOIÁS, esse aumento nas tarifas de energia elétrica da Enel Goiás deve ficar entre 10% (caso a decisão seja apenas de repor a inflação dos últimos 12 meses) e 15% (caso a decisão seja de compensar a distribuidora pelo aumento de custos com a aquisição de energia elétrica). O reajuste é anunciado entre setembro e outubro, quando começa a valer.
No ano passado, a Aneel aprovou reajuste médio de 4,2% nas tarifas de energia em Goiás, para repor a inflação acumulada nos 12 meses anteriores (o IPCA deu 3,14% na época).
Peso do ICMS
As tarifas de energia são definidas pela Aneel com base em leis e regulamentos federais e contêm custos de compra e transmissão de energia, encargos setoriais e impostos. Estes valores são arrecadados pela distribuidora, por meio da tarifa de energia, e repassados integralmente às empresas de geração, transmissão e aos governos federal e estadual.
Para se ter uma ideia, de uma conta de R$ 100 de energia elétrica para por um consumidor goiano, apenas R$ 18,70 são destinados à Enel Distribuição Goiás. Outros R$ 31,50 são impostos, sendo que o Estado fica com a maior fatia: R$ 25,90, com a cobrando do ICMS.