Os valores médios gastos com uma internação aumentaram de R$ 6.455 em 2019 para R$ 10.153 em 2022 no Brasil. Segundo pesquisa realizada pela União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas). Doenças do sistema circulatório são a principal causa de internações, responsáveis por cerca de 10% do total no período analisado. Participaram da pesquisa 46 operadoras associadas à Unidas, que representam 2,5 milhões de brasileiros.
Os transtornos mentais e comportamentais, que no auge da pandemia representavam 9% das internações hospitalares, caíram para 6%.
As despesas com internações apresentam um aumento significativo de acordo com a faixa etária dos pacientes. Para se ter um paralelo, na faixa acima de 60 anos, o custo médio com uma hospitalização é mais que o dobro do que entre pessoas de 24 a 28 anos.
Faixas etárias
As variações observadas em relação à faixa etária demonstraram que os beneficiários com mais de 59 anos tiveram a média mais alta de consultas e exames, enquanto os mais jovens tendem a realizar menos consultas e exames em média.
“Sabemos que os idosos demandam um cuidado maior. Como temos dentro das autogestões uma realidade etária que o Brasil terá em 2050, fica o alerta para o sistema de saúde como um todo: os custos com internações irão onerar de maneira significativa os sistemas de saúde público e privado na próxima década”, diz Anderson Mendes, presidente da Unidas.
Outro ponto que chama atenção é o aumento no custo médio das consultas que, na Região Sudeste, cresceu 14% (maior aumento no país). Já o valor médio dos exames teve o maior reajuste no Centro-Oeste (4,17%). Ao mesmo tempo, o custo médio com internação domiciliar baixou R$ 10 mil em quatro anos, enquanto a hospitalar aumentou quase R$ 10 mil, ultrapassando os R$ 24,2 mil de 2021, auge da pandemia.
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