O vice-governador Daniel Vilela (MDB) está com a missão de fazer a ponte entre os governos de Ronaldo Caiado (UB) e Lula (PT). Também presidente estadual do MDB, ele tem aumentado a sua agenda em Brasília desde a segunda-feira (9/1), quando participou da reunião entre os governadores e o presidente petista. Como se sabe, o MDB integra o governo Lula e a sua base no Congresso Nacional. Embora o partido de Caiado, União Brasil, também está representado no governo petista.
Daniel Vilela esteve ontem (12/1), por exemplo, com o novo o ministro dos Transportes, Renan Filho, que também é do MDB, em Brasília. Apresentou demandas do governo de Goiás para a melhoria da infraestrutura rodoviária do Estado. Principalmente, sobre o anel viário da Região Metropolitana de Goiânia, de Jataí e de Aragarças. No caso da Grande Goiânia, a obra está paralisada há seis anos por conta da concessionária da BR-153, Triunfo Concebra.
“Não podemos mais adiar a resolução desse problema, pois o trecho é todo urbano, já que passa por Goiânia e Aparecida de Goiânia, e gera transtornos para o trânsito da região. A BR está intransitável e representa perigo, inclusive de morte, para a população local”, defendeu o vice-governador. O ministro disse que levará a questão ao presidente Lula e que o governo federal vai priorizar três grandes obras em cada Estado. Sendo uma delas na área de infraestrutura.
Articulador
Com essa missão de ser o principal interlocutor do governo goiano em Brasília, Daniel Vilela ganha cada vez mais protagonismo como articulador político no segundo governo Caiado. O vice-governador, por exemplo, antes mesmo de assumir o cargo, esteve envolvido diretamente em dezembro na aprovação de projetos de lei na Assembleia Legislativa de interesse do Executivo.
Nos bastidores do Palácio das Esmeraldas, Daniel Vilela é cotado para assumir a Secretaria de Governo, cargo com forte influência política, na reforma administrativa que Ronaldo Caiado ainda pretende promover na sua equipe. Convém lembrar que o vice-governador será o candidato natural à sucessão de Caiado, na eleição estadual de 2026. Inclusive, com grande chance de assumir o governo estadual em abril daquele ano, com uma desincompatibilização do governador.