Os investimentos para impulsionar o desenvolvimento de tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais, como lançadores de foguetes, radares e satélites, somam R$ 112,9 bilhões. Sendo R$ 79,8 bilhões de recursos públicos e R$ 33,1 bilhões do setor privado.
Os projetos estão ligados à Missão 6 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que completou um ano em janeiro. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que coordena o NIB, destacou a ampliação da exportação e crescimento da indústria em 2024.
Só na área de defesa, segundo Alckmin, estratégica para a indústria nacional, o Brasil exportou, em 2024, US$ 1,8 bilhão. Aumento de 22% em relação a 2023.
Missão 6
Apenas para a Missão 6, apresentada nesta quarta-feira (12/2) pelo governo federal, dos R$ 79,8 bilhões em recursos públicos, R$ 42,1 bilhões já foram alocados em 2023 e 2024 e R$ 37,7 bilhões estão disponíveis até 2026.
Os investimentos incluem o PAC Defesa, com R$ 31,4 bilhões para projetos como o caça Gripen, o cargueiro KC-390, viaturas blindadas, fragatas e submarinos.
Já o investimento privado de R$ 33,1 bilhões será dividido entre os setores aeroespacial e defesa (R$ 23,7 bilhões), nuclear (R$ 8,6 bilhões) e segurança e outros (R$ 787 milhões).
A Missão 6 visa fortalecer as cadeias produtivas de satélites, veículos lançadores e radares. Definidas como prioritárias com base na existência de capacidades locais construídas, potencial de geração de exportações de alta intensidade tecnológica e de geração de empregos qualificados.
A meta é alcançar 55% de domínio das tecnologias críticas para a defesa até 2026, e 75% até 2033. Atualmente, o Brasil domina 42,7% das tecnologias críticas, definidas a partir de lista de 39 projetos estratégicos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.
Financiamentos
Durante o evento, no Palácio do Planalto, a Embraer assinou cartas de financiamentos de R$ 331 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de R$ 2,1 bilhões com a Finep. Este último é para a aquisição de até 16 aeronaves da Embraer por uma companhia aérea dos Estados Unidos.
A Finep também investe em projetos estratégicos, como o reator multipropósito brasileiro e o foguete de decolagem para veículos hipersônicos, com R$ 4,2 bilhões já investidos e previsão de mais R$ 331 milhões.