Um dos responsáveis pela articulação política do governo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, está sendo investigado pela Polícia Federal por suposto envolvimento em irregularidades na compra de respiradores quando era governador da Bahia.
O nome de Costa surgiu na delação premiada da empresária Cristiana Prestes Taddeo, da Hempcare, que recebeu R$ 48 milhões por respiradores durante a pandemia, mas não entregou nenhum aparelho.
Ela disse que o negócio foi intermediado por um empresário baiano que se apresentava como amigo de Costa e cobrou R$ 11 milhões pela “assessoria”. Em outro depoimento, o ex-secretário da Casa Civil da Bahia Bruno Dauster disse que o negócio foi fechado por ordem do então governador.
Em nota, Costa diz que mandou abrir investigação quando os respiradores não foram entregues e negou irregularidades na contratação.
Intermediações
Na delação premiada, Cristiana afirmou ter prints de conversas de Costa com Cleber Isaac, considerado pela PF pivô da compra milionária de respiradores. O vendedor Hesdras Gafi, da Hempcare, apresentou Daniel Nakamoto, dono de uma fábrica, a Isaac para doação de máscaras ao governo baiano durante a pandemia.
Gafi recebeu o print de uma conversa de Reinan Almeida, sócio de Isaac, com Costa sobre uma doação de Nakamoto e, na sequência, ele pergunta o preço de cada máscara. A doação tinha o objetivo de estabelecer contato com o governo para depois ter preferência na venda.
Leia também: PF afirma que Bolsonaro deu ordem para cartões falsos de vacinação