A Prefeitura de Goiânia decretou situação de emergência de saúde pública em decorrência do aumento significativo no número de casos de dengue. O documento oficial confirma o Nível 3 de Emergência na capital. A medida foi tomada devido ao fato de o município ter ultrapassado, no último mês, a média dos últimos cinco anos, registrando mais de 5 mil casos.
Conforme dados da nona edição do Boletim Epidemiológico Arboviroses da SMS, foram confirmados 5.724 casos de dengue no município. Um aumento de 52,7% em relação à edição anterior do boletim, que havia registrado 3.744 casos desde o início do ano. Além disso, Goiânia registrou um óbito confirmado e outros 10 em investigação.
O secretário municipal de Saúde (SMS), Wilson Pollara, disse que o crescimento da doença por quatro semanas seguidas caracteriza a epidemia. “Além desse crescimento de registros confirmados, temos o óbito que confirma a situação de emergência”, frisou.
“Da parte administrativa, os processos referentes à epidemia da dengue serão tratados em regime de urgência e prioridade em todos os órgãos e entidades da administração municipal”, afirmou o secretário. Ele acrescentou que contratações temporárias poderão ser realizadas para evitar que o déficit atual do quadro de pessoal permanente afete a prestação dos serviços à população de Goiânia.
Ações preventivas
Em termos operacionais, Pollara confirmou a ampliação de ações preventivas e de combate ao vetor transmissor, o Aedes aegypti, destacando a aquisição pública de insumos e materiais, bem como a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação anormal, respeitando a legislação vigente. “Recebemos recentemente outras 8 mil armadilhas In Care, que já serão instaladas em regiões estratégicas”, informou.
Pollara ressaltou também que a SMS realiza visitas domiciliares constantes por parte dos Agentes de Combate a Endemias (ACEs) para orientar a população sobre as medidas para a prevenção das arboviroses urbanas, enfatizando que 75% dos focos do mosquito estão dentro do ambiente domiciliar, conforme dados do Ministério da Saúde (MS).
Outra medida destacada pelo secretário de Saúde foi a vacinação contra a dengue. Desde o dia 15 de fevereiro, foram aplicadas 9.896 doses de Qdenga em crianças de 10 a 14 anos na Capital. Trata-se de uma vacina viva atenuada, composta pelos quatro sorotipos vivos do vírus da dengue (DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4), que não protege contra chikungunya, zika e febre amarela.
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