O deputado federal goiano Professor Alcides postou nesta terça-feira (28/1) nas redes sociais um vídeo em que tenta explicar o motivo de ter desfiliado do PL. Disse que a decisão ocorreu “em razão de motivos alheios a sua vontade”.
E que, após análise cuidadosa de questões políticas e ideológicas que envolvem o cenário partidário, e “por questões de foro íntimo”, entendeu ser necessária a desfiliação.
Entretanto, nos bastidores comenta-se que o deputado goiano teria sido pressionado pela cúpula nacional do PL a deixar o partido. Após ter se tornado alvo de uma investigação da Polícia Civil de Goiás, em dezembro, por suspeita de abusos sexuais contra menores de idade.
Investigação
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia deflagrou a Operação Peneira no mês passado, com três mandados de prisão e três mandados de busca e apreensão na casa dos investigados. Todos ligados ao deputado.
Segundo a Polícia Civil, um adolescente teve a casa invadida e foi ameaçado com arma de fogo para entregar seus aparelhos celulares e fornecer a senha de acesso ao serviço de armazenamento.
De acordo com as investigações, o crime tinha como objetivo apagar vídeos, fotos e conversas armazenados nos aparelhos e no sistema iCloud, com o objetivo de ocultar relação íntima entre Professor Alcides e um adolescente.
‘Perseguição’
“Esse afastamento é necessário para que eu possa dedicar meu tempo integralmente à busca da verdade e à punição dos criminosos, que, utilizando sofisticados recursos técnicos, fabricaram essas mentiras contra mim”, disse o deputado.
Professor Alcides afirma que ainda sofre “uma sórdida campanha de difamação”. “Além disso, enfrento uma evidente perseguição política, acompanhada de preconceitos e homofobia. São décadas de trabalho marcadas pela honestidade de propósitos, postura ética e compromissos com as ideias humanísticas que sempre defendi. Não me abati e não me abaterei”, afirmou.