O deputado Gugu Nader (Agir) propôs nesta quinta-feira (28/9) a criação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o serviço prestado pela Equatorial Energia no Estado. “Acho que está na hora de montar aqui uma nova CPI, pois não houve melhora em nada nas redes elétricas, principalmente nas distribuidoras. Não pode dar um relâmpago, que acaba a energia”, afirmou.
Gugu Nader afirmou que tem recebido, com frequência, reclamações e pedidos de ajuda referentes à distribuição de energia elétrica, durante o atual período. E lembrou que a Alego já instalou na legislatura passada a CPI da Enel, até então a empresa que detinha a concessão da distribuição de energia elétrica em Goiás (posteriormente comprada pela Equatorial).
Em dezembro de 2019, depois de meses de investigações, foi apresentado o relatório da CPI da Enel. Do deputado estadual Cairo Salim (Pros), apontou diversas irregularidades cometidas pela empresa. Entre elas: falha na regulamentação e fiscalização por parte da ANEEL e no contrato de concessão quanto aos direitos do consumidor na aferição do medidor de energia; caracterização de danos materiais e morais coletivos aos consumidores de energia elétrica, causados pela empresa; e caracterização de danos materiais ao Estado de Goiás pelo “péssimo serviço de fornecimento de energia elétrica prestado, causando a perda de geração de milhares de empregos e renda”.
Os deputados encaminharam ainda junto ao Ministério de Minas e Energia e ao Ministério Público Federal o pedido de caducidade da concessão da Enel em Goiás. Convém lembrar que aquela CPI teve o respaldo do governador Ronaldo Caiado (UB), que já travava uma batalha contra a empresa que havia comprado a estatal Celg D, no governo de Marconi Perillo (PSDB). Contudo, nada indica que o Palácio das Esmeraldas vai apoiar uma CPI para investigar a Equatorial. Pelo menos, não por ora.
Aliás, nem todos deputados estaduais jogam pedra na Equatorial. O parlamentar Talles Barreto (UB) defendeu a empresa e disse que há uma diferença grande entre ela e a Enel. “Eu vejo uma companhia de uma forma diferenciada, que está buscando alternativas, que pegou um sistema que é o pior do Brasil. É humanamente impossível atender essa demanda que hoje a sociedade goiana precisa”, disse.
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