O ministro do STF, Alexandre de Moraes, rejeitou neste domingo (29/1) um pedido feito pelos advogados do Grupo Prerrogativas e manteve a posse, nesta quarta-feira, de deputados bolsonaristas acusados pelo grupo de envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro. O ministro atendeu à recomendação da Procuradoria-Geral da República defendendo o arquivamento da ação contra os 11 parlamentares — nove do PL, um do PP e um do PRTB. Segundo a PGR, até o momento não há provas concretas de que os deputados tenham participado ou mesmo incitado os ataques.
Enquanto isso, o relatório apresentado pelo interventor federal na segurança do DF aponta mais um indício de, pelo menos, negligência das autoridades. Segundo Ricardo Cappelli, o comando da PMDF entregou a tarefa de montar a barreira que deveria conter os golpistas a policiais que ainda estavam no curso de formação, enquanto os agentes com experiência estavam “de prontidão em casa”.
PL
Ex-ministros e auxiliares de Jair Bolsonaro estão furiosos com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, segundo O Globo. Na tentativa de minimizar a minuta de um decreto golpista encontrado pela PF na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, Costa Neto afirmou que projetos para impedir a posse de Lula circularam pelo governo e que havia propostas do tipo “na casa de todo mundo”.
Além de negarem ter recebido tais documentos, antigos colaboradores dizem que presidente do PL coloca todos “no mesmo saco” de Torres e pode abrir espaço para que sejam processados.
Aliás, em conversa com jornalistas, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse não haver previsão para o retorno de seu pai ao Brasil. “Pode ser amanhã, pode ser daqui uns seis meses, pode não voltar nunca. Não sei”, declarou. O ex-presidente Bolsonaro viajou para os EUA no dia 30 de dezembro para não participar da posse de Lula.