Os deputados rejeitaram ontem (24/8) o projeto de lei enviado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) que pretendia nomear os professores Railton Nascimento Souza e Alan Francisco de Carvalho para, como titular e suplente, o Conselho Estadual de Educação por um mandato de quatro anos. Eram necessários 21 votos favoráveis, mas apenas 14 deputados votaram pelas indicações.
Votaram favoráveis: Álvaro Guimarães (DEM), Chico KGL (DEM), Iso Moreira (DEM), Tião Carroço (DEM), Lêda Borges (PSDB), Bruno Peixoto (MDB), Rubens Marques (Pros), Alysson Lima (Solidariedade), Amilton Filho (Solidariedade), Charles Bento (PRTB), Maycllyn Carreiro (PRTB), Wilde Cambão (PSD), Antônio Gomide (PT) e Delegada Adriana Accorsi (PT). Votaram contra: Dr. Antônio (DEM), Helio de Sousa (PSDB), Humberto Teófilo (PSL), Major Araújo (PSL), Delegado Eduardo Prado (DC), Zé Carapô (DC), Coronel Adailton (Progressistas) e Amauri Ribeiro (Patriota). Os deputados Wagner Neto (Pros) e Henrique Arantes (MDB) se abstiveram.
Indicações do Sinpro
O governador afirma no projeto que os nomes foram indicações do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro), por serem educadores com experiência e estarem devidamente qualificados. Mas alguns parlamentares, especialmente os ligados à Segurança Pública, montaram forte resistência ao professor Alan Francisco. Motivo: ele teria postado uma charge nas redes sociais contra a Polícia Militar de Goiás. O desenho mostra um policial com um cassetete na mão, diante de uma criança negra, dizendo que ele é um perigo para a sociedade.
“Entendemos que existe o racismo estrutural, mas a charge atenta contra a imagem dos policiais. Os policiais atuam para defender o cidadão de bem, independentemente de cor”, disse o deputado-delegado Humberto Teófilo. O professor Alan Francisco tentou se justificar: “Minha atuação é sempre dentro da legalidade, da Constituição Federal, do nosso ordenamento jurídico, da nossa legislação educacional. Mas, quanto a essa questão racial no Brasil, não podemos fechar os olhos para ela”, disse. Alguns deputados tentaram o defender. Mas não foi o suficiente para garantir os 21 votos.