Dono da maior bancada na Câmara dos Deputados, o PL não abriu mão da prioridade na escolha dos presidentes das principais comissões e, numa derrota para o governo Lula, impôs deputados bolsonaristas nos cargos.
A Comissão de Constituição de Justiça e de Cidadania (CCJ), considerada a mais importante, será presidida por Caroline de Toni (PL-SC).
O Palácio do Planalto tentou evitar que Caroline assumisse a CCJ, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e outras lideranças do Centrão chegaram a avaliar que ela era polêmica demais, mas o PL manteve a indicação.
No fim, ela recebeu 49 votos a favor, incluindo de petistas, contra nove em branco. Segunda mulher a presidir a CCJ, ela afirmou que atuará com responsabilidade, transparência e equilíbrio, “ouvindo todas as bancadas, como tem que ser”.
Outra derrota
O deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) foi eleito presidente da Comissão de Educação, por 22 votos favoráveis e 15 em branco. Neste caso, sem apoio dos parlamentares petistas. A indicação foi questionada por membros da base governista, que temem que a pauta seja tomada por temas ideológicos.
O PL também estará à frente de outros colegiados importantes, como o de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
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