O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) é responsável pelo pagamento de 30% da folha salarial do Estado. É o que informou nesta terça-feira (23/4) o presidente da instituição, Delegado Waldir Soares, em audiência na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Ele destacou que, depois da Secretaria da Economia, o Detran é o segundo órgão que mais arrecada no Estado. Somente de janeiro a abril deste ano, foram R$ 430 milhões.
“Esses recursos foram destinados à Segurança Pública do Estado. Além disso, foram destinados R$ 39 milhões para o recapeamento das rodovias e para melhorias nas estradas. Para a manutenção do Vapt Vupt foram destinados R$ 4,5 milhões. O Detran ainda paga 30% da folha dos servidores do Estado”, afirmou Waldir Soares.
“A nossa gestão tem combatido a corrupção e já foram aplicadas penalidades a 41 servidores. Sete deles foram devolvidos aos órgãos de origem, seis remanejados a outras secretarias e 28 exonerados”, enfatizou o presidente do Detran-GO.
Venda de peças
Um tema muito abordado na audiência pública foi a questão da fiscalização em empresas que trabalham com desmonte e comercialização de peças de carros usados. A Lei do Desmonte tornou mais rígida a fiscalização de desmanche ou destruição de veículos. Os empresários do setor cobraram alternativa para o cumprimento da legislação federal, sem prejuízo para o setor.
“É preciso cumprir a legislação, mas temos que buscar alternativas em relação aos bons empresários que atuam no ramo de peças e estão com dificuldade para regularizar suas empresas”, disse o deputado Talles Barreto (UB), líder do Governo na Alego.
O deputado Charles Bento afirmou que a lei tem que ser cumprida, mas “é preciso que o Detran-GO aja com coerência”. “Tem vários segmentos que necessitam do trabalho que são realizados por essas lojas de peças na Vila Canãa e é preciso rever o impacto dessas fiscalizações direta e indiretamente”, disse.
“Desde março do ano passado, começamos a dialogar com a categoria. E, de 55 credenciados, saltamos para um número de 400. Mas ainda falta credenciar 4 mil empresas. O Detran está apenas cumprindo a legislação que já está em vigor e a resolução do Contran), com regras mais rigorosas para desmonte ou destruição de veículos”, respondeu Waldir Soares.
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