A inflação neste ano (IPCA) deve fechar em 10,02% e a economia brasileira (PIB) crescer 4,51%, segundo previsões no último Boletim Focus deste ano, divulgado nesta segunda-feira (37) pelo Banco Central. Caso a previsão se confirme, será a primeira vez desde 2015 que a inflação chega a dois dígitos. Naquele ano, a inflação foi de 10,67%. O centro da meta de inflação em 2021 é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Portanto, a projeção do mercado equivale a mais que o dobro da meta central de inflação.
Para 2022, o mercado financeiro manteve em 5,03% a estimativa de inflação, seguindo acima do teto do sistema de metas para o ano que vem. A meta central de inflação para 2022 é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%. Os analistas do mercado reduziram a previsão de alta do PIB de 0,50% para 0,42% em 2022. No começo deste ano, a previsão dos analistas era de uma alta de 2,5% para a economia no próximo ano.
Já a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, é de 11,5% ao ano para o fim de 2022, o que pressupõe alta do juro básico da economia no próximo ano. Após sete altas seguidas, a taxa Selic está atualmente em 9,25% ao ano, o maior patamar em mais de quatro anos.
Outras estimativas
Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 subiu de R$ 5,60 para R$ 5,63. Para o fim de 2022, avançou de R$ 5,57 para R$ 5,60 por dólar.
Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2021 subiu de US$ 59,09 bilhões para US$ 59,15 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa caiu de US$ 55,25 bilhões para US$ 55 bilhões de superávit.
Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subiu de US$ 51,25 bilhões para US$ 52 bilhões. Para 2022, a estimativa passou de US$ 57,55 bilhões para US$ 58 bilhões.