Uma boa notícia para Goiás: o seu PIB cresceu oficialmente 2,2% em 2019, somando R$ 208,6 bilhões. Foi o terceiro ano consecutivo de crescimento, após os dois anos de quedas (2015 e 2016), e praticamente o dobro da média nacional (PIB brasileiro cresceu 1,2% no ano). Assim, o estado representou 2,8% da economia brasileira e manteve a nona posição entre as maiores economias do Brasil, em termos de valor de PIB, e a segunda na Região Centro-Oeste. Convém lembrar que isto foi no ano que antecedeu a pandemia da Covid-19.
Praticamente todos os setores econômicos contribuíram para o crescimento econômico de Goiás em 2019. A agropecuária goiana apresentou avançou 1,4%, pouco menor que em 2018 (1,8%). Somadas, as atividades agropecuárias participaram com 11,4% da economia do Estado. O avanço do setor foi parcialmente limitado pela agricultura, que teve queda em algumas de suas produções naquele ano, como tomate, trigo, soja e feijão. A pecuária cresceu 2%.
A indústria goiana, que vinha apresentando queda desde 2015, cresceu 2,9% em 2019, na comparação com o ano anterior. A única atividade industrial que apresentou retração foi a extrativa (-4,6%). As demais atividades contribuíram para o aumento do volume do segmento industrial, entre 2018 e 2019: indústrias de transformação (4,1%); eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (3,7%); e construção (0,7%), que apresentou leve recuperação, pois vinha apresentando queda de volume desde 2014.
O setor de serviços cresceu 1,9% em 2019. Todas as 11 atividades avançaram entre 2018 e 2019, destacando-se: artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços (7,7%); imobiliárias (3,9%); alojamento e alimentação (3,8%); serviços domésticos (3,6%) e atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (2,8%).
Per capita
O PIB per capita goiano em 2019 foi de R$ 29.732,40, alta de 5,2% em relação a 2018. Assim, Goiás permanece entre as 11 unidades da Federação com os maiores PIB per capita do País, mas é o único do Centro-Oeste com PIB per capita menor que o nacional. A remuneração dos empregados perdeu participação em relação ao ano anterior, saindo de 44%, em 2018 para 43,5% do PIB goiano em 2019. Esta participação vinha crescendo desde 2014.
O desempenho da remuneração dos empregados relacionou-se ao crescimento nominal de 5,4% desse componente, mesmo sendo inferior à variação verificada nos impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e importação (8,2%) e à variação no excedente operacional bruto mais o rendimento misto bruto (7,5%).
O excedente operacional bruto mais o rendimento misto bruto no PIB pela ótica da renda em Goiás ganhou participação em relação ao ano anterior pelo quarto ano consecutivo, passando de 43,8%, em 2018, para 44,1% do PIB goiano em 2019. Já a participação dos impostos sobre a produção e importação, por sua vez, cresceu pelo terceiro ano consecutivo (2018 – 12,2% para 2019 – 12,4%) retornando ao patamar de 2012.