O cantor Gusttavo Lima é considerado atualmente o cantor sertanejo de maior sucesso no Brasil. Natural de Presidente Olegário, Minas Gerais, escolheu Goiânia para deslanchar sua carreira, morar e formar família. Mas também é da capital goiana que o cantor administra vários negócios. Sim, além de ser hoje dono da própria carreira, agenciando cada detalhe do seu trabalho nos palcos, Gusttavo Lima é um empreendedor nato. Seus investimentos são diversificados, de produtor rural e pecuarista a dono de marca de cachaça. Alguns também geraram (e ainda geram) polêmicas.
Com apenas 20 anos de idade, Gusttavo Lima assinou contrato com a Som Livre, a maior gravadora do País, mostrando que seria capaz de prosperar sozinho em um mercado dominado por duplas. Hoje, é um dos cantores com um dos cachês mais altos do universo sertanejo, que varia de R$ 700 mil a R$ 1,2 milhão. Com hit atrás de hit, o artista ficou nos primeiros lugares das plataformas de streaming, se tornando cada vez mais famoso e milionário.
Um dos seus primeiros empreendimentos foi em sociedade com o cantor Marrone, em 2017, com a abertura de um restaurante/bar em Palmas (TO) em 2017, chamado de ‘Coronel’S Bar’. Depois disso, Gusttavo Lima expandiu muito os seus investimentos em novos negócios e sociedades, sempre usando a sua imagem para alavancar os empreendimentos. Fez fortuna rápido e seu patrimônio hoje supera a casa dos R$ 350 milhões, entre mansões, jatinho, iate e carros de luxo. Além de muitas propriedades e empresas.
Embaixador do agronegócio
Considerado o “embaixador do agronegócio” pelos maiores produtores de grãos do País, Gusttavo Lima é dono de fazendas em Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, onde mantêm produção de gado, cavalos, de raça, soja e outros vegetais. Recentemente, investiu R$ 275 milhões numa fazenda no Mato Grosso. Já era dono da fazenda Recanto Feliz, uma das maiores propriedades rurais de Goiás, e da fazenda “Balada” em João Pinheiro, Minas Gerais, com criação de gado importado, cavalos de raça e plantação de alimentos.
No ano passado se tornou sócio do Frigorífico Goiás em um novo empreendimento: franquias de casas de carnes premium. Em dezembro passado, em poucos dias, Gusttavo Lima “vendeu” cerca de 150 franquias, cada uma avaliada em R$ 500 mil.
O artista-empresário também no ano passado fechou um negócio de R$ 100 milhões com um fundo de venda de apresentações. Ao invés de vender seus shows dezenas de contratantes, vendeu um total de 192 shows para o fundo Four Even. A transação contempla toda a sua turnê de 2022. Com isso, segundo especialistas deste mercado, Gusttavo Lima deve ditar tendências e rentabilizar vendas de shows, mídias e eventos.
O cantor tem ainda a empresa Balada Boa, que gerencia as carreiras de outros artistas, como Felipe Araújo, em parceria com o escritório Eshow Produções, de Goiânia. O contrato prevê a unificação da agenda de shows dos dois cantores. Gusttavo Lima também investe, em sociedade com o empresário goiano Bruno Pereira, em canais de vendas de produtos importados e consultorias pela internet.
O empresário também lançou a cachaça Buteco do Gusttavo Lima, desenvolvida em parceria com a Seleta, tradicional marca brasileira de cachaças. Para este ano, prevê lançar uma nova marca de bebidas para competir com a famosa Campari, além de lançar seu próprio perfume.
Polêmicos
Mas, alguns negócios de Gusttavo Lima também geram polêmicas. No ano passado se tornou sócio da recém-criada Bem Protege Seguros, que tem à frente o pastor Ismael Nascimento como presidente do grupo. O problema é que a empresa (tendo o cantor como garoto-propaganda) se apresenta como uma seguradora on line, o que é criticado pelo mercado, especialmente por corretores de seguros. Na prática, está mais para uma empresa de “proteção veicular”, que não oferece todas as garantias de uma seguradora.
Outra polêmica foi quando Gusttavo Lima, em uma de suas lives durante a pandemia, deu visibilidade para a Crypto X Revolution, uma suposta empresa de criptomoedas com sede em Andorra, que prometia rentabilidade de até 5% ao dia. Com fortes questionamentos do mercado sobre a credibilidade da empresa, cuja operação se assemelhava mais a pirâmide financeira, o cantor não avançou nesta parceria.