Contratado pela Prefeitura de Goiânia sem licitação, o Instituto Brasileiro de Tecnologia, Empreendedorismos e Gestão (BR TEC) pode faturar até R$ 10 milhões com a venda da folha de pagamento do município para alguma instituição financeira. É que o contrato firmado com a Secretaria de Finanças coloca que a empresa só terá ganhos se a negociação superar os R$ 100 milhões. Para cada real que ultrapassar esta marca, a empresa receberá R$ 0,13, havendo um teto de R$ 10 milhões. A Prefeitura já conta com propostas na casa dos R$ 110 milhões, o que faz com que o BR TEC receba pelo menos R$ 1,3 milhão. Os detalhes do contrato, que a gestão evitava mostrar, foram revelados pelo jornal O Popular.
A estimativa da Secretaria de Finanças é de ultrapassar os R$ 200 milhões com a negociação, chegando a R$ 250 milhões, na perspectiva mais otimista da pasta. Nesse cenário, o instituto alcançaria o teto de R$ 10 milhões. O atual contrato para a gestão da folha dos servidores é com a Caixa Econômica, mas Banco do Brasil já demonstrou, informalmente, interesse em assumir esse serviço. A ideia é atrair com a licitação bancos privados para valorizar a concorrência. O BR TEC tem sede em Belo Horizonte e atua há sete anos no mercado. Segundo a Prefeitura, o instituto foi chamado sem licitação por se tratar de um serviço muito específico e para o qual existem poucas empresas no mercado.