O empresário Aparecido Naves Junior, de 35 anos, preso na quarta-feira (02/02) na sua residência (foto) condomínio fechado Jardins Lisboa, em Goiânia, é acusado ordenar e pagar pelo ataque em Manaus (AM) que incendiou dois helicópteros à serviço do Ibama, em 24 de janeiro, causando prejuízo estimado em R$ 10 milhões. A suspeita é que ele tenha ligação com atividade ilegal de garimpo na terra indígena Yanomami, em Boa Vista (RR). Além disso, atua no mercado de leilão e desmanche de veículos, segundo a investigação policial. A sua casa, onde foi preso por agentes federais, é avaliada em R$ 2,1 milhões. Na garagem, a PF apreendeu veículos de luxo, alguns avaliados em mais de R$ 400 mil.
A ordem para incendiar os helicópteros teria partido, segundo investigações, em represália às operações do Ibama nos garimpos ilegais controlados pelo empresário. Nestas operações, foram destruídas aeronaves de sua propriedade utilizadas no garimpo em Roraima. Segundo a PF, dias antes do ataque aos helicópteros, o empresário esteve em Manaus e seguiu para Boa Vista (RR) dias antes do atentado.
Primeiro, a PF prendeu cinco homens suspeitos de envolvimento no atentado. A localização dos criminosos foi feita por meio da identificação do carro usado no ato e a partir da perícia de 681 arquivos de vídeo colhidas de quatro câmeras de segurança no aeródromo e vizinhança. Alguns dos presos teriam confessado o crime e informado que o mandante seria o empresário de Goiânia, que teria pago R$ 5 mil para cada um deles.
Thiago Souza da Silva, conhecido “TH”, e Wisney Delmiro, vulgo “Poderoso”, atuaram no crime como intermediários, negociando com os incendiários e o motorista que os levou até o aeródromo de Manaus. O crime contou com a participação do motorista Edney Fernandes de Souza. Os invasores do aeródromo e autores do incêndio são Fernando Warlison Pereira, vulgo “Seco”, e Arlen da Silva, conhecido como “Mudinho”.
As duas aeronaves eram de propriedade da empresa Helisul e alugadas para o Ibama.