O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu nesta quarta-feira (1/11), como previsto, por mais um corte de 0,5 ponto na Selic, que agora caiu para 12,25% ao ano. Tratou-se de uma decisão unânime entre os membros do Comitê. Foi terceiro corte seguido de juros neste ano, mas no mesmo ritmo de 50 pontos base. A decisão veio em linha com o esperado pelo mercado.
“O ambiente externo mostra-se adverso, em função da elevação das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos, da resiliência dos núcleos de inflação em níveis ainda elevados em diversos países e de novas tensões geopolíticas. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário exige atenção e cautela por parte de países emergentes”, informou o Copom em nota.
“Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres antecipado pelo Copom. A inflação cheia ao consumidor manteve trajetória de desinflação. Mas segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta de inflação, enquanto as medidas mais recentes de inflação subjacente ainda se situam acima da meta para a inflação”, frisou a nota.
Empresários
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel considerou ainda tímido diante da atual conjuntura econômica. “Ao avaliarmos o cenário de queda da inflação, expectativa de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e de redução da taxa de desemprego, por exemplo, entendemos que o Brasil comporta uma redução mais robusta dos juros. Só assim vamos incentivar a realização de investimentos com reflexos na economia ainda em 2023″, enfatiza Mabel.
O presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, afirmou que o recuo da taxa Selic “está dentro das expectativas”. “O Banco Central continua cauteloso, embora entendamos que há espaço para cortes maiores. O reflexo não é imediato, contudo sinaliza uma melhora nos investimentos e no consumo”, disse.
Para a presidente em exercício da Federação do Comércio e Serviços do Estado de Goiás (Fecomércio), Irma Fernandes, a nova redução dos juros pelo Banco Central mostra o bom momento da economia brasileira, apesar do cenário externo desfavorável. Segundo ela, a manutenção da trajetória de redução da taxa Selic é um indicativo de confiança na retomada do crescimento sustentado.
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