O setor de vistoria veicular reclama de alto custo em Goiás por conta das taxas cobradas pelo Detran-GO. Presidente da Associação das Vistorias Veiculares de Goiás (Avivego), Paulo José Martins das Neves, disse nesta terça-feira (27/6) na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) que existem 300 empresas neste segmento atuando no Estado. Segundo ele, estão sendo taxada de maneira complexa.
Ele pontuou que diversos empreendedores decidiram investir nessa área, e apesar das garantias que foram conquistadas na gestão do governador Ronaldo Caiado (UB), muito ainda precisa ser feito.
O tesoureiro da Avivego, Renato Faria Queiroz, disse que o trabalho realizado pelas empresas é essencial para combater a fraude, de modo a evitar que a pessoa compre veículo adulterado. Mas considerou preocupante o valor das taxas cobradas pelo Detran-GO.
“Com o retorno dessa taxa, juntamente com a correção dela, o Detran quer cobrar multas e juros que oneram esses empreendedores. É triste uma situação dessa, infelizmente, isso tem afetado nossas receitas particulares”, disse. Ele frisou que o setor não é contra ao pagamento de taxas do Detran-GO, mas criticou a duplicidade de cobranças em serviços equivalentes. Ressaltou ainda que, em caso de confirmação da ilegalidade da cobrança, a classe não aceitara a tributação.
Detran-GO
O presidente do Detran-Go, Delegado Waldir Soares, disse que “se existem tantas empresas de vistoria veicular, é graças ao governador Ronaldo Caiado”. Afirmou que a autarquia também tem como “clientes” empresas de despachantes, autoescola e afins. E que as empresas de vistoria representam 15% do atendimento do órgão.
“Caso não haja essa cobrança, vocês estarão enriquecendo ilicitamente e, portanto, estarão comentando crime. Se o Detran não cobra essa tarifa, como nós vamos atender outas demandas? Por exemplo, o combustível das viaturas e dos bombeiros é pago pelo Detran”, afirmou Delegado Waldir.
Além disso, argumentou divergências entre as próprias empresas de vistoria e enfatizou que algumas pedem o afrouxamento da fiscalização enquanto outros pedem o contrário. “Nas fiscalizações dos últimos três meses, 78% das empresas de vistoria foram reprovadas, não cumprem o que está previsto na lei. Nosso objetivo, desde o início é preservar a vida”, frisou.