A distribuidora de energia elétrica Enel Goiás volta a ser alvo de deputado estaduais na Assembleia Legislativa. O deputado Major Araújo (PSL) criticou as constantes quedas de energia no estado, durante o período chuvoso e defendeu a criação de uma CPI para investigar os serviços prestados pela empresa. “Eu espero que logo no início dos trabalhos do ano que vem possamos instalar uma CPI para saber se os investimentos previstos em contrato firmado pela Enel realmente foram feitos”, disse.
O deputado Alysson Lima (Solidariedade) apresentou requerimento solicitando, em caráter de urgência, que seja colocado em pauta de votação o projeto de lei sobre a encampação da Enel, que foi incentivado pelo governo de Goiás em 2019. O projeto já foi aprovado em primeira votação, mas depois o Estado entrou em acordo com a Enel e a matéria foi para a gaveta. O parlamentar destacou os diversos prejuízos causados à população goiana durante a falta de energia. “O governo de Goiás tem que assumir a Enel novamente”, defendeu.
CPI deu em nada
Mas a Assembleia fez uma CPI para investigar a Enel em 2019, também incentivada na época pelo governador Ronaldo Caiado (DEM). “Das seis piores empresas do Brasil do ramo de energia, de acordo com o ranking de 2020, da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Enel ocupa as últimas quatro posições”, disse o deputado Henrique Arantes (MDB), em audiência na Câmara de Goiânia, que tem uma CEI para investigar a distribuidora de energia, no último mês de julho. “A população está cansada dessa Enel, nós precisamos de um serviço de energia digno aqui em Goiás”, frisou o deputado que presidiu a CPI da Enel na Assembleia.
O próprio parlamentar afirma que a CPI, embora “fez um trabalho importante”, gerou pouco resultado concreto. “De lá pra cá, eu vi alguma melhoria”, afirmou, mas admitiu que diversas falhas apontadas pela CPI não foram sanadas pela Enel e que o fornecimento de energia elétrica no estado ainda carece de investimentos.