As entidades que representam comerciantes e lojistas criticaram nesta segunda-feira (10/2) mudanças no trânsito de Goiânia. Entre as medidas, anunciadas na semana passada pelo prefeito Sandro Mabel (União Brasil), está a de proibir o estacionamento e parada de veículos em dez avenidas de grande circulação na capital.
O Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-GO) afirma que o comércio de rua em Goiânia deve ser profundamente prejudicado. Diz ainda que “há anos” tem pedido à Prefeitura justamente o contrário. Ou seja: criação de mais vagas públicas de estacionamento nas principais ruas e avenidas da capital.
Para a entidade, a proibição de estacionamento afastará o consumidor das lojas de rua, desestimulando o consumo, provocando queda das vendas e um consequente impacto negativo na economia de Goiânia.
O Sindilojas-GO afirma ainda que o comércio é o 2º maior segmento gerador de empregos formais no município, com quase 123 mil postos de trabalho ativos, conforme dados do Caged.
“Para o Sindilojas-GO, os comerciantes e a própria população devem ser chamados para o diálogo antes de decisões de alto impacto como essa, que coloca em xeque a sobrevivência de milhares de empresas, sendo mais de 600 só na Avenida Castelo Branco, por exemplo”, enfatiza a entidade em nota.
Lojistas
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia) também manifestou preocupação com a decisão da Prefeitura de eliminar vagas de estacionamento em vias arteriais da capital, como as Avenidas Anhanguera e Castelo Branco, para a implantação de uma terceira faixa de circulação de veículos.
“Embora a entidade apoie medidas que visem melhorar a fluidez do trânsito e a mobilidade urbana, considera inaceitável que tal iniciativa seja implementada sem um planejamento adequado que leve em conta os impactos no setor comercial e na economia local”, informou em nota.
A CDL Goiânia enfatiza que retirada das vagas de estacionamento em importantes regiões comerciais afetará o fluxo de consumidores, reduzirá as vendas e “colocará em risco a sobrevivência de centenas de estabelecimentos”.
Alerta ainda que o comércio de rua já enfrenta uma séria perda de clientes, especialmente no Centro e no bairro de Campinas. “Sem opções acessíveis de estacionamento, o consumidor tende a buscar outras alternativas, como shoppings e comércios em regiões com melhor infraestrutura, agravando ainda mais a crise”, diz.
A CDL Goiânia também pede que a administração municipal mantenha um canal de diálogo com as entidades do setor varejista. “Qualquer decisão que impacte diretamente a economia da cidade precisa ser debatida amplamente e contar com soluções alternativas que minimizem os prejuízos”, frisa.