O presidente da Equatorial Goiás, Lener Jayme, enfatizou nesta terça-feira (31/10) o compromisso da empresa com a reconstrução da rede de energia no Estado. Em relação aos questionamentos sobre a falta de energia, esclareceu que a empresa não nega a existência de problemas, mas que está comprometida em solucioná-los. Além disso, destacou os esforços para melhorar o atendimento ao cliente, incluindo a ampliação da força de trabalho e a resolução de demandas reprimidas, como ligações de usinas fotovoltaicas e problemas de conexão. “Estamos aqui para resolver. Queremos reconstruir o sistema de energia em Goiás”, disse em audiência na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
O executivo enfatizou a importância de compreender que a empresa atual não tem responsabilidade pelos problemas do passado, mas está comprometida em reconstruir a infraestrutura elétrica do Estado. Ele destacou a necessidade de reconstruir 31% da base de ativos que se encontra em estado de sucateamento. Também disse que a empresa não retirou equipes de campo, mas sim realocou profissionais em diferentes regiões de acordo com as necessidades.
Lener Jayme apresentou um panorama dos desafios enfrentados pela Equatorial desde sua chegada ao Estado e ressaltou a complexidade da situação. Incluindo a sobrecarga de transformadores e a falta de pontos de suprimento em algumas regiões. Também apontou a necessidade de ampliação das linhas de transmissão e a importância de parcerias com o poder público federal para solucionar os problemas de conexão de energia em algumas áreas do Estado.
O presidente da Equatorial Goiás enfatizou ainda a importância de preparar a infraestrutura elétrica do Estado para enfrentar novos desafios, como o aumento da temperatura. “Goiás deve ter uma nova onda de calor. Imagine um Estado que já tem uma rede completamente sobrecarregada com até 16% de aumento no consumo. O caos é fato, mas queremos participar da história da reconstrução”, destacou.
Insatisfação
Entretanto, a fala do representante da Equatorial não convenceu boa parte dos deputados. Gugu Nader expressou sua frustração e enfatizou a importância da empresa em assumir a responsabilidade pelos desafios e prestar contas à população goiana. Ele questionou a falta de detalhes sobre investimentos imediatos, de médio e longo prazo, que resolveriam os problemas enfrentados pela população.
Levy Rafael, superintendente do Procon Goiás, enfatizou que desde que a Equatorial assumiu a concessão de energia elétrica no Estado, o órgão tem trabalhado para garantir que o consumidor não seja lesado. No entanto, ele expressou sua frustração com as respostas apresentadas pela empresa durante a audiência. “Infelizmente as respostas não foram novamente a contento”, disse.
Questionou ainda a empresa sobre os motivos das constantes interrupções de energia elétrica e a falta de investimentos efetivos para resolver os problemas. E pediu documentos que comprovem os investimentos realizados e um plano de ação claro para solucionar as questões enfrentadas pela população.
No final da audiência, os deputados lembraram que já tramita na Casa um pedido para criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar questões contratuais e técnicas envolvendo a Equatorial Energia. Contudo, concordaram que é necessário dar um prazo de 90 dias para avaliar se houve melhorias efetivas no serviço prestado pela empresa em Goiás.
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