A equipe de transição do futuro governo Lula que começou a ser anunciada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) mostra uma tentativa de manter unida a frente que apoiou o presidente eleito. E ainda atrair um aliado cobiçado no Congresso, o PSD. Junto com nomes já esperados do PT e de outros partidos de esquerda, foram confirmados os economistas André Lara Resende e Pérsio Arida, os criadores do Plano Real. Além da senadora Simone Tebet (MDB-MS), terceira colocada no primeiro turno. Ela será uma das coordenadoras da área de desenvolvimento social.
Ao todo, serão 31 grupos de trabalho. Após uma reunião com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Gilberto Kassab, que preside o PSD, indicou o deputado Antonio Brito (BA) para integrar o conselho político do governo de transição. Quatro senadores do partido devem também participar, formal ou informalmente, da equipe comandada por Alckmin.
Aliás, a escolha das 31 áreas prioritárias na transição indica que Lula deve realmente ampliar o número de ministérios em seu governo. Recriar a pasta da Cultura e instituir a dos Povos Originários foram algumas das promessas de campanha do petista.
De todos os ministérios que provavelmente existirão no novo governo de Lula, o da Fazenda é que tem mais nomes de possíveis ministros circulando. São 11. Em seguida vem outra pasta na área econômica, o Planejamento: 9 nomes. Apesar de haver pressão para Lula anunciar logo seus auxiliares, principalmente na área econômica, aliados do petista avaliam que ele não tem pressa. Deve avaliar os nomes disponíveis e a correlação de forças políticas dentro de sua aliança.
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